domingo, 20 de setembro de 2009

Fotos da EBD do dia 20/09/2009


O professor de hoje foi o Irmão Raimundo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

domingo, 16 de agosto de 2009

Fotos da EBD do dia 16/08/2009


Pb.Odemir superentendente da EBD.


Pr.Florentino dando aulas para alunos na EBD.


















sábado, 25 de julho de 2009

Lição quatro,conteúdo adicional.

Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição I João - Os Fundamentos da fé e a perfeita comunhão com o Pai
3º trimestre/2009



Lição 04 - Jesus, o Redentor e Perdoador



Leitura Bíblica em Classe
1 João 2.1,2; Éfeso 1.6,7; Apocalipse 5.8-10

Introdução:



I. A Realidade do Pecado

II. O Perdão ao Nosso Alcance

III. A Satisfação da Justiça Divina

IV. Livres do Pecado


Conclusão:

Palavras-chave: Perdão, propiciação

Introdução

Professor, é impossível pensar num cristianismo sem a cruz, sem o sacrifício de Jesus. Nesta lição veremos o que o Senhor Jesus realizou em favor da humanidade perdia (Jo 3.15). Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia para que tivéssemos vida. Ele pagou a nossa dívida, perdoando nossos pecados. Todavia, a certeza do perdão não é um incentivo ao pecado, mas justamente ao contrário.

I. Entendendo a Carta de João, o Apóstolo

Professor, dê inicio a este tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que é pecado?” (R: Na Bíblia, o sentido-chave de pecado é “errar o alvo”.) Explique que o pecado é o fracasso em viver de acordo com os padrões de Deus. Ninguém é capaz de cumprir todas as leis do Senhor o tempo todo (Rm 3.23). Todos nós ficamos aquém do padrão infinitamente perfeito do Senhor.

Jesus ensinou muita coisa a respeito do pecado humano. Na verdade, Ele pinta um retrato desolador dessa difícil situação humana. Jesus ensinou que, desde a Queda, todo homem e toda a mulher são perversos (Mt 12.34) e capazes de fazer grandes maldades (Mc 7.20-23). Além disso, disse que o homem está totalmente perdido (Lc 19.10), que é pecador (Lc 15.10) e que precisa se arrepender diante do Deus santo (Mc 1.15) e nascer de novo (Jo 3.3, 5,7).

Muitas vezes Jesus falou do pecado por metáfora a fim de ilustrar a destruição que ele pode trazer para a vida da pessoa. Ele descreveu o pecado como cegueira (Mt 23.16-26), doença (Mt 9.12), escravidão (Jo 8.34) e trevas (Jo 12.35-46).

[...] Precisamos de uma cura ou remédio poderoso, pois o pecado humano é um problema terrível. A doença do homem não será curada com nenhum “curativo” espiritual. Como logo veremos, o remédio é Jesus Cristo.

Algumas pessoas, principalmente os católicos romanos, fazem distinção entre pecados mortais (pecados irreconciliáveis) e pecados venais (pecados menores). O problema com essa forma de percepção é que se a pessoa pensa que a maioria de seus pecados é venial, talvez pense que, em essência, é uma boa pessoa. Ela talvez não perceba a terrível necessidade que tem de um Salvador.

A Bíblia não faz distinção entre pecados mortais e veniais. De fato, alguns pecados são piores que outros (Pv 6.16-19), contudo as Escrituras nunca declaram que apenas certos tipos de pecados levam à morte espiritual. Todos os pecados trazem morte espiritual não apenas uma determinada categoria de pecados (Rm 3.23). Podemos dizer que qualquer pecado é mortal, pois traz morte espiritual e afastamento de Deus. Como veremos, até mesmo o pecado menor nos torna legalmente culpados diante do Senhor e merecedores da pena de morte (Rm 6.23).



II. Conhecendo o Autor da Carta

Professor, dê inicio ao segundo tópico fazendo as seguintes perguntas: “A garantia do perdão em Cristo realmente leva à santidade?” “Não seria o contrário?” “Se sabemos que estamos perdoados de antemão, não nos sentimos livres para pecar?” (R: Explique que o conhecimento do amor de Deus e do seu perdão imerecido torna o cristão profundamente desejoso de não pecar contra eles.)

[...] O princípio de 1 João 2.1,2: perdão de antemão para qualquer pecado que pode ocorrer em nossas vidas. Essa é a promessa de Deus que nos é dada para que não pequemos. Deus não fica chocado com o comportamento humano, como ficamos com frequência, pois Ele vê tudo de antemão, incluindo os pecados dos cristãos. Mais ainda, e apesar disso, Ele nos enviou seu Filho para morrer pelos pecados de seu povo a fim de que possa haver perdão total. Esse amor é incomparável. Tal graça fica além da compreensão. Mas Deus nos fala sobre esse amor e essa graça para que possamos vencer por eles e determinar, dando-nos Deus a força, que não vamos falhar com Ele.

Às vezes falhamos com Ele, apesar de sua garantia de perdão. E então? Nesse caso, diz João, devemos ir a Deus para confessar o pecado e buscar perdão, sabendo que somos capazes de chegar a Ele por meio da obra de Cristo, como os filhos se aproximam de um pai. Nessa declaração, as referências à purificação por meio do sangue de Cristo (1.7), à promessa de perdão e purificação para aqueles que confessarem seus pecados (1.9), e à chamada à santidade (2.1,2) estão juntas.

III. O Propósito da Carta de João

• Professor, pergunte aos seus alunos: “Se o crente vier a falhar, o que ele deve fazer?”

A obra de Cristo é a base sobre a qual o cristão pode se aproximar de Deus em busca de pleno perdão e total purificação. João usa três termos para descrever isso. O primeiro é “advogado”, ou “alguém que fala em nossa defesa”. Esse é um termo legal, em grego e em português; mas em grego, ao contrário do português, a palavra tem um sentido passivo, e não ativo. Descreve alguém que é chamado para ajudar outros, em particular num tribunal. É fácil ver, então, como João consegue usar a palavra para Jesus; pois ele simplesmente quer dizer que Jesus é aquEle que chamamos para nos ajudar perante o tribunal de Deus.

[...] A palavra advogado não aparece fora dos escritos de João, mas o ministério de Cristo ao qual se refere ocorre em muitos lugares. Jesus prometeu a Pedro que iria interceder por ele para que sua fé não falhasse após ter negado seu Senhor (Lc 22.32). João 17 registra uma oração com esse mesmo objetivo em favor de todos os crentes. Jesus declarou: “E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos anjos de Deus” (Lc 12.8). Paulo descreve Jesus como sendo aquEle que “Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34).

Porém, existe uma coisa que deve ser percebida no uso feito por João da palavra “advogado”. Quando o termo é usado no sentido legal nos dias de hoje, normalmente pensamos sobre o trabalho de um advogado ao acrescentar todo caso a respeito do réu: ou seja, ao defender o acusado a respeito dos méritos de seu caso. Em João, a ideia de mérito da parte do acusado é ausente; em vez disso, o mérito vem da parte do advogado. A antiga ideia é ilustrada pelo uso de um termo do antigo tratado rabínico Pirke Aboth: “Aquele que segue a lei ganha para si um advogado, e aquele que comete uma transgressão ganha para si um acusador” (4.13). No Novo Testamento, é inteiramente uma questão da graça de Deus.

IV. Livres do Pecado

João chama Jesus de “propriciação pelos nossos pecados”, acrescentando “e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”. A palavra propiciação era utilizada extensivamente em antigos escritos pagãos para referir-se a oferendas dadas a um deus raivoso de modo a aplicar a sua ira. Mas isso é incompatível com o caráter do Deus cristão, dizem alguns acadêmicos. Deus não é um Deus raivoso, de acordo com a revelação cristã. Ele é gracioso e amoroso. Mais ainda, não é Deus quem fica separado de nós por causa do nosso pecado, mas sim nós que nos separamos de Deus. Ou, ainda, não é Ele que tem de ser propiciado, mas nós mesmos. De acordo com esse pensamento, devemos nos referir à propiciação não como aquilo que Jesus fez com relação a Deus, com o que foi feito por Deus em Cristo pela nossa culpa. Ela foi “coberta”, “desinfectada” ou “expiada” por sua morte. Assim, por essa visão, a Bíblia nunca faz de Deus o objeto da propiciação.

Mas isso não é tudo. Em primeiro lugar, mesmo sendo verdade que não podemos misturar o conceito cristão de Deus com o caráter petulante de deidades do mundo antigo, ao mesmo tempo também não podemos esquecer sua justa ira contra o pecado, de acordo com a qual ele será punido, seja em Cristo ou na pessoa do pecador. Aqui, todo o âmbito da revelação bíblica precisa ser levado em consideração.

Segundo, embora a palavra propiciação seja utilizada nos escritos bíblicos, não é usada exatamente com o mesmo sentido que nos escritos pagãos. Nos rituais pagãos o sacrifício era o meio pelo qual um homem aplacava um deus ofendido. No cristianismo nunca é um homem que toma a iniciativa ou faz o sacrifício, mas o próprio Deus que, em virtude do seu imenso amor pelo pecador, providencia o meio pelo qual a sua própria ira contra o pecado possa ser aplacada. Em 1 João 4.10, a única outra passagem do Novo Testamento que usa exatamente a mesma forma da palavra encontrada em 2.2, o amor de Deus é enfatizado. Essa é a verdadeira explicação para que Deus nunca seja o objeto explícito da propriciação nos escritos bíblicos. Ele não é o objeto porque é, o que é mais importante ainda, o sujeito. Em outras palavras, Deus aplaca a sua própria ira contra o pecado para que seu amor possa abraçar e salvar totalmente o pecador.

É no sistema sacrificial do Antigo Testamento que a ideia verdadeira da propiciação é observada mais claramente, pois se alguma coisa é estabelecida pelo sistema de sacrifícios (no sentido bíblico do sacrifício), é que o próprio Deus forneceu o meio pelo qual um pecador pode se aproximar dEle. Pecado significa morte. “Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá. [...] A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele” (Ez 18.4,20). Todavia os sacrifícios ensinam que existe um modo de escapar e de aproximar de Deus. Outra pessoa pode morrer no lugar do pecador. Isso pode parecer impressionante, e até mesmo (como alguns sugeriram erroneamente) imoral; mas é isso o que o sistema de sacrifícios ensina. Como consequência, o indivíduo israelita era instruído a levar o animal para o sacrifício sempre que se aproximasse de Deus; a família tinha que matar e consumir um animal na observância anual da Páscoa; a nação tinha que ser apresentada pelo sumo sacerdote anualmente no Dia do Perdão, quando sangue era aspergido sobre o trono de misericórdia da Arca da Aliança dentro do Santo dos Santos no templo judaico. Essa última cerimônia pode ser no que João está pensando nessa passagem. É bom lembrar que João referiu-se ao derramar do sangue de Cristo poucos versículos antes (1.7).

O próprio Jesus é a propiciação, então, é pela virtude de seu ser que Ele pode ser nosso advogado. “Nosso advogado não alega nossa inocência; ele reconhece nossa culpa e apresenta o seu sacrifício vicário como a base para nossa absolvição”. Aqui repousa a confiança do cristão, pois não é com base em nosso mérito, mas com base apenas na obra completa de Cristo que temos a ousadia de nos aproximar de um Pai reto e celestial.

Conclusão

Se Jesus fez tanto por nós, e não por nós, mas também por homens e mulheres espalhados por todo o mundo, e se isso naturalmente nos leva a louvá-lo, será que isso também não nos deveria levar à santidade? Não deveria nos impelir a cumprir o desejo de João de que seus filhos não pecassem? Claro que sim, hoje e sempre. De fato, deveríamos dizer como Paulo: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.14,15).


sexta-feira, 24 de julho de 2009

BIBLIOLOGIA - Doutrina das Escrituras.

I. INTRODUÇÃO

A) Terminologia:

Bíblia - Derivado de biblion, “rolo” ou “livro” (Lc 4.17)
Escrituras - Termo usado no Novo Testamento (N.T.) para, os livros sagrados do A.T., que eram considerados inspirados por Deus (2Tm 3.16; Rm 3.2). Também é usado no N.T. com referência a outras porções do N.T. (2Pe 3.16)
Palavra de Deus - Usada em relação a ambos os testamentos em sua forma escrita (Mt 15.6; Jo 10.35; Hb 4.12)

B) Atitudes em Relação à Bíblia:

Racionalismo -
a. Em sua forma extrema nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural.
b. Em sua forma moderada admite a possibilidade de revelação divina, mas essa revelação fica sujeita ao juízo final da razão humana.
Romanismo -
A Bíblia é um produto da igreja; por isso a Bíblia não é a autoridade única ou final.
Misticismo -
A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia.
Neo-ortodoxia -
A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra, Cristo.
Seitas -
A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada uma possuem igual valor.
Ortodoxia -
A Bíblia é a nossa única base de autoridade.

C) As Maravilhas da Bíblia:

1) Sua formação: levou cerca de 1500 anos.
2) Sua Unidade: Tem cerca de 40 autores, mas é um só livro.
3) Sua Preservação.
4) Seu Assunto.
5) Sua Influência.

II. REVELAÇÃO

A) Definição:

“Um desvendamentos; especialmente a comunicação da mensagem divina ao homem”

B) Meios de Revelação:

1) Pela Natureza (Rm 1.18-21; Sl 19)
2) Pela Providência (Rm 8.28; At 14.15-17)
3) Pela Preservação do Universo (Cl 1.17)
4) Através de Milagres (Jo 2.11)
5) Por Comunicação Direta (At 22.17-21)
6) Através de Cristo (Jo 1.14)
7) Através da Bíblia (1Jo 5.9-12)

III. INSPIRAÇÃO

A) Definição:

Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a, usando suas próprias personalidades e estilos, comporem e registrarem sem erro as palavras de Sua revelação ao homem. A Inspiração se aplica apenas aos manuscritos originais (chamados de autógrafos).

B) Teorias sobre a Inspiração:

1) Natural - não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por homens de grande talento.
2) Mística ou Iluminativa - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente pode ser hoje.
3) Mecânica (ou teoria da ditação) - Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos de Deus como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito. Deve-se admitir que algumas partes da Bíblia foram ditadas (e.g., os Dez mandamentos).
4) Parcial - Somente o não conhecível foi inspirado (e.g., criação, conceitos espirituais)
5) Conceitual - Os conceitos, não as palavras, foram inspirados.
6) Gradual - Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos.
7) Neo-ortodoxa - Autores humanos só poderiam produzir uma registro falível.
8) Verbal e Plenária - Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as palavras (plenária) foram inspiradas no sentido da definição acima.
9) Inspiração Falível - Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é inspirada mas não isenta de erros.

C) Características da Inspiração Verbal e Plenária:

1) A verdadeira doutrina é válida apenas para os manuscritos originais.
2) Ela se estende às próprias palavras.
3) Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos escritores, mas guiando-os.
4) Inclui a inerrância.

D) Provas da Inspiração Verbal e Plenária:

1) 2Tm 3.16. Theopneustos, soprado por Deus. Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o produto de Seu sopro criador.
2) 2Pe 1.20,21. O “como” da inspiração - homens “movidos” (lit., “carregados”) pelo Espírito Santo.
3) Ordens especificas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17.14; Jr 30.2).
4) O uso de citações (Mt 15.4; At 28.25).
5) O uso que Jesus fez do Antigo Testamento (A.T.) (Mt 5.17; Jo 10.35).
6) O N.T. afirma que outras partes do N.T. são Escrituras (1Tm 5.18; 2Pe 3.16).
7) Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2.13; 1Pe 1.11,12)

E) Provas de Inerrância:

1) A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17.3; Rm 3.4).
2) O ensino de Cristo (Mt 5.17; Jo 10.35).
3) Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra (Gl 3.16, “descendente”; Mt 22.31,32, “sou”).

IV. CANONICIDADE.

A) Considerações fundamentais:

1) A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente nos próprios livros.
2) Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.

B) Cânon do Antigo Testamento (A.T.):

1) Alguns afirmam que todos os livros do cânon do A.T. foram reunidos e reconhecidos sob a liderança de Esdras (quinto século a.C.).
2) O N.T. se refere a A.T. como escritura (Mt 23.35; a expressão de Jesus equivaleria dizer hoje “de Gênesis a Malaquias”; cf. Mt 21.42; 22.29).
3) O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do A.T.

C) Os princípios de Canonicidade dos Livros do Novo Testamento (N.T.):

1) Apostolicidade. O livro foi escrito ou influenciado por algum apóstolos?
2) Conteúdo. O seu caráter espiritual é suficiente?
3) Universalidade. Foi amplamente aceito pela igreja?
4) Inspiração. O livro oferecia prova interna de inspiração?

D) A Formação do Cânon do Novo Testamento (N.T.):

1) O período dos apóstolos. Eles reivindicaram autoridade para seus escritos (1Ts 5.27; Cl 4.16).
2) O período pós-apostólico. Todos os livros forma reconhecidos exceto Hebreus, 2 Pedro e 3 João.
3) O Concílio de Cartago, 397, reconheceu como canônicos os 27 livros do N.T.

V. ILUMINAÇÃO

A) Em Relação aos Não-Salvos:

1) Sua necessidade (1Co 2.14; 2Co 4.4)
2) O ministério do convencimento do Espírito ( Jo 16.7-11)

B) Em Relação ao Crente:

1) Sua necessidade (1C0 2.10-12; 3.2).
2) O ministério do ensino do Espírito (Jo 16.13-15)

VI. INTERPRETAÇÃO

A) Princípios de Interpretação:

1) Interpretar histórica e gramaticalmente.
2) Interpretar de acordo com os contextos imediatos e mais amplo.
3) Interpretar em harmonia com toda a Bíblia, comparando Escritura com Escritura.

B) Divisões Gerais da Bíblia:

1) Antigo Testamento (A.T.):

A- Livros históricos: de Gênesis a Ester.
B- Livros poéticos: de Jó a Cantares.
C- Livros proféticos: de Isaías a Malaquias.

2) Novo Testamento (N.T.):

A- Evangelhos: Mateus a João.
B- História da Igreja: Atos.
C- Epístolas: de Romanos a Judas.
D- Profecia: Apocalipse.

C) Alianças Bíblicas:

Noética (Gn 8.20-22)
Abraâmica (Gn 12.1-3)
Mosaica (Ex 19.3 - 40.38)
Palestiniana (Dt 30)
Davídica (2Sm 7.5-17)
Nova Aliança (Jr 31.31-34; Mt 26.28)

extraído do site:

http://www.vivos.com.br/42.htm


terça-feira, 21 de julho de 2009

fotos da EBD de hoje,19/07/2009.

Meus queridos irmãos,convide um amigo
sempre que vier para a Escola Bíblica,
assim estaremos evangelizando com o
ensino da palavra de Deus.
Um grande abraço do irmão Jurandi
e que a paz esteja convosco.






























A origem de satanás-o pai da mentira.

Quando se entende que Satanás desejou a posição de Deus, muitas perguntas se calam. Porém, quando se entende que Satanás buscava alcançar a semelhança do Altíssimo, muitas perguntas surgem. O que é a semelhança do Altíssimo? O que há na semelhança do Altíssimo que possibilitaria ao querubim da guarda ungido ter uma posição superior a dos anjos? “Serei semelhante ao Altíssimo” Is 14: 14; “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” Gn 1: 26.Observe que aquilo que Satanás intentou alcançar, Deus concedeu ao homem: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança!

Analisando de maneira genérica, a mentira existe em função da verdade, ou seja, ela surge na tentativa de fazer calar a verdade.
Porém, mesmo que uma mentira dita muitas vezes não se torne uma verdade, ela dita por muitos acaba virando consenso.
Um exemplo de consenso se observa neste provérbio que alguém deixou escrito na porta de uma igreja: “Todo homem quer ser rei, e todo rei quer ser deus...”.
Fica a pergunta: Todos desejam um reino? Todos os reis desejam ser um deus? Sabemos que generalizar é um risco que compromete o que é verdadeiro, e por isso, não podemos generalizar em nossas proposições.
Porém, este provérbio, por ser repetido por muitos, acabou por transformar-se em consenso, mesmo não correspondendo à realidade fática.

O intento de Satanás

Já nos acostumamos a ouvir que Satanás quis ser igual Deus. De longa data vem sendo difundido acerca do anjo caído que o orgulho levou-o à queda, isto porque, no seu íntimo, intentou ser igual a Deus.
Dentro desta mesma linha de pensamento acerca do que levou Satanás à queda, há algumas variantes: ele quis ocupar o lugar de Deus; ele quis para si a adoração que pertence a Deus; ele procurou um reino próprio; ele quis exaltar-se tomando para si todo poder existente, usurpando a base do Trono da divindade.
Será isto verdade? Seria isto possível? É factível à criatura alcançar ser igual ao Criador? Existiu alguma possibilidade de Satanás tomar o lugar de Deus? Estamos diante de uma verdade ou de um consenso?
Que Satanás quis ser igual a Deus já é consenso, visto que muitos assim afirmam. Resta-nos verificar se o consenso corresponde à verdade.
Satanás foi criado por Deus como todos os outros seres do universo. Ele foi criado e posto na posição mais sublime na ordem celestial: ele era querubim da guarda ungido, perfeito em seus caminhos, formoso e sábio. Na ordem celestial, ele estava no topo da hierarquia Ez 28: 12.

O abismo

Apesar da posição elevada do querubim, entre ele e o Criador um abismo intransponível, tanto que em seu coração ele reconhecia que Deus é inatingível e inigualável ao nomeá-lo como o Altíssimo.
Jamais a criatura poderá igualar-se ao Criador. Embora Satanás estivesse no topo da hierarquia celestial, a distância entre criador e Criatura é a mesma que anjos e Deus e homens e Deus.
A bíblia demonstra que somente Deus é Criador. Este é um pólo que somente Deus está e estará pela eternidade. No outro pólo, temos as incontáveis hostes celestiais e as criaturas terrestres. Por mais elevada que seja a criatura, ela permanecerá criatura, e jamais conseguira transpor a barreira que há entre ser criador e criatura.
Não podemos confundir a hierarquia estabelecida no universo: Deus, anjos, homens e animais, com as posições: Criador e criaturas. Sobre esta verdade a bíblia diz:
“Pois quem no céu se pode igualar ao SENHOR? Quem entre os filhos dos poderosos pode ser semelhante ao SENHOR?” (Salmos 89: 6).
Estas perguntas são pertinentes ao tema em questão: Haveria alguém no céu que poderia igualar-se a Deus? Se levarmos em conta os filhos dos poderosos, haveria alguém que ao menos fosse semelhante a Deus? A resposta para as perguntas é não!
O homem mais simples sabe que é impossível à criatura tomar ou alçar o lugar do Criador.
Porém, de tanto ouvir que Satanás quis ser igual a Deus, criou-se um consenso, e muitos se permitem concordar com tal argumento, mesmo que inconscientemente, que a possibilidade de Satanás ser igual a Deus existiu.
É estranho ao homem, que possui conhecimento limitado, afirmar que é possível alguém tornar-se o Criador, e é no mínimo absurdo que um ser criado cheio de sabedoria tenha intentado ser o próprio Criador.
Além do mais, como Satanás conseguiu convencer um terço dos anjos que seria possível prosperarem no intento de alçarem a posição de Criador?

A Pretensão

Deixando o consenso de lado, a bíblia nos diz que Satanás intentou ser semelhante a Deus. Isaias apresenta qual a intenção do coração de Satanás: “Tu dizias no teu coração:”
“Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14: 14).
Há uma grande diferença entre a pretensão de ser semelhante ao Altíssimo e usurpar-lhe o lugar. Satanás, mesmo 'possuído' pela soberba, tinha plena consciência da posição inatingível do seu Criador: o Altíssimo. Embora o pecado houvesse se instalado em sua natureza, Satanás estava ciente de que a posição de Deus é inatingível.
Como alcançar o Inatingível? Como igualar-se ao Inigualável? Perceba que não é factível, ou seja, que é impossível levar a efeito qualquer plano que usurpe a posição do Criador.
Diante das evidências, de que é impossível à criatura alcançar a posição do Criador, ficam as perguntas: o que motivou a idéia de que Satanás quis ser Deus? De quem é o interesse de que se propague tal consenso? A quem tal mentira favorece?
Uma das maiores mentiras da atualidade é a de que Satanás intentou ser igual a Deus. Esta mentira deu à luz a dualidade: bem e mal; Deus e Satanás. Esta abordagem trás uma equivalência entre Deus, o Criador, e o diabo, a criatura. A quem é proveitoso que esta mentira seja propagada?

A Verdade sobre o Pai da Mentira

“Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8: 44).
Ao falar aos religiosos da sua época, Jesus descreveu algumas características do inimigo de nossas almas:
ele é homicida desde o princípio;
não se firmou e não há verdade nele;
quando ele profere mentira, é algo de sua natureza.
Mas, nem sempre ele foi assim.
Satanás era um anjo da ordem dos querubins. Ou seja, Satanás era um anjo de posição elevada perante os seus semelhantes. Ele era nomeado como o Portador de Luz (em hebraico, heilel ben-shachar, הילל בן שחר; em grego na Septuaginta, heosphoros).
A bíblia descreve Satanás antes da queda como sendo o selo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Ele estava no jardim do Éden, Jardim de Deus, e quando da sua criação, também foi preparado os seus ornamentos (vestes).
Ele devia ficar no monte santo de Deus, exercendo a função para qual foi comissionado: guarda ungido. Ele havia assumido a maior posição da hierarquia celestial, porque Deus estabeleceu o querubim ungido naquela posição.
Porém, por se achar o pecado no querubim ungido, Deus o destituiu da sua posição, lançando-o profanado para fora do monte, e Satanás recebeu a penalidade: a morte!

Antes da queda

Quando Deus criou os seres celestiais, ao querubim ungido disse: “Tu és o selo da perfeição, cheio de sabedoria, e perfeito em formosura” Ez 28: 12.
Sobre o lugar em que o querubim foi posto, temos: “Estavas no Éden, jardim de Deus” Ez 28: 13. A descrição do querubim se prende na indumentária que vestia, sendo ela criada no dia em que ele foi trazido à existência “Cobrias-te de toda pedra preciosa (...) no dia em que foste criado foram eles preparados” Ez 28: 13.
Até ser achado iniqüidade no querubim ungido, ele é descrito como: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que fostes criado...” Ez 28: 15.
A missão dele era: “Tu eras querubim da guarda ungido...” Ez 28: 14. Porém, tudo estabelecido por Deus “... e te estabeleci” (v. 14). A rotina dele era percorrer o monte protegendo-o: "Estavas no monte santo de Deus, andavas entre as pedras afogueadas" (v. 14).

Depois da queda

Satanás intentou aferir algum tipo de lucro da missão que desempenhava, e caiu em pecado Ez 28: 16. Por causa da iniqüidade em Satanás, Deus destituiu o querubim ungido. Ele foi lançado do monte santo por ter se tornado profano. Ao fazer mal uso de sua posição buscando uma vantagem (comércio), ele se profanou.
Além de ser destituído do cargo para qual foi comissionado, e lançado fora do monte de Deus, o querubim ungido pereceu. É a primeira referência ao salário do pecado no universo: perecer, ou seja, estar separado da vida que há em Deus: Morte!
“Pelo que te lançarei profanado fora do monte de Deus, e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas” Ez 28: 16.
Temos que, Satanás é homicida desde o princípio, ou seja, ele conduziu 1/3 dos anjos à morte. Depois ele induziu a humanidade à mesma condição: serem separados da vida que há em Deus. Toda a humanidade foi destituída da glória de Deus através da queda do primeiro Adão.
Ele não se firmou na verdade, visto que Deus é verdade. Todos quantos não estão em Deus, não são verdadeiros, e portanto, são filhos do diabo.

A intenção do querubim

Satanás é mentiroso desde o princípio, porém, Isaias ao profetizar, revelou o verdadeiro intento do seu coração, o que correspondia à verdade: “Tu dizias no teu coração: Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14: 14).
Deus aponta a intenção do coração do querubim da guarda ungido através do profeta Isaias. É demonstrado qual foi a pretensão o querubim da guarda ungido (serei semelhante), o método (subirei acima das estrelas (anjos).
“Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; no monte da congregação me assentarei nas extremidades do norte” Is 14: 13.
Qual foi a real intenção do querubim ungido? Ele desejou em seu coração subir ao céu (uma vez que ele foi estabelecido na terra, especificamente no Éden), acima das estrelas de Deus, exaltando o seu trono.
Sabemos que as estrelas ficam nos céus. Porém, as estrelas da qual o ex-querubim fez referência diz dos anjos de Deus. As ‘estrelas de Deus’ diz de toda a ordem angelical: querubim, arcanjo e anjos. Embora um querubim tenha uma posição hierárquica superior a um anjo, ele continua sendo anjo. Embora um querubim seja superior hierarquicamente a um arcanjo, tanto querubim, quanto arcanjos continuam sendo anjos.
Toda a ordem angelical estava nos céus, e o querubim da guarda ungido, que foi estabelecido para guardar o monte santo de Deus no Éden, intentou subir aos céus, porém, queria chegar ao céu de posse de uma posição superior a de anjo.
Por que ele ‘subiria ao céu’? Porque ele estava no Éden desempenhando a missão para qual foi estabelecido: guardar o monte santo percorrendo sobre as pedras afogueadas.
Porém, o seu intento era chegar ao céu de posse de uma posição superior a das estrelas de Deus (anjos). Ele queria estar em uma posição acima (exaltarei o meu trono), superior a das estrelas de Deus.
Como alcançar uma posição superior a dos anjos? Para se alcançar uma posição superior a dos anjos, em primeiro lugar seria necessário deixar de ser anjo, e passar a outra categoria de ‘ser’ ou ‘existência’. Se ele subisse ao céu e continuasse a ser querubim, não teria ‘subido’ ou exaltado o seu trono, a sua posição na ordem celestial.
Como ele pretendia alçar uma nova posição na ordem celestial? Ele pretendia alcançar uma posição superior a das estrelas de Deus (anjos) assentando-se no monte da congregação, ns extremidades do norte. O que foi comissionado ao querubim da guarda ungido proteger (guardar), ele desejou alcançar.
Em momento algum vemos Satanás intentando alcançar a posição do Altíssimo, visto que, este intento não é factível a nenhuma criatura.
Ele desejou subir acima das mais altas nuvens, a posição de semelhança do Altíssimo.
Vemos que ele desejou ser semelhante e não igual a Deus. Ser igual a Deus não é factível, mas, para o querubim ungido, ser semelhante ao Criador pareceu plenamente factível.

A Semelhança do Altíssimo

Quando se entende que Satanás desejou a posição de Deus, muitas perguntas se calam. Porém, quando se entende que Satanás buscava alcançar a semelhança do Altíssimo, muitas perguntas surgem.
O que é a semelhança do Altíssimo? O que há na semelhança do Altíssimo que possibilitaria ao querubim da guarda ungido ter uma posição superior a dos anjos?
“Serei semelhante ao Altíssimo” Is 14: 14.
“Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” Gn 1: 26.
Observe que aquilo que Satanás intentou alcançar, Deus concedeu ao homem: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança!

A quem interessa a mentira?

Analisando mais criteriosamente o fato bíblico de que Satanás intentou ser semelhante a Deus, poderemos identificar o que há por trás da mentira que vem sendo divulgada, de que satanás intentou tomar a glória de Deus, e tornar evidente a verdade, visto que, a verdade sempre será verdade, não importando o que está estabelecido pelo consenso.
O que a bíblia diz? Satanás intentou tomar o lugar de Deus?
Observe:
“Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14: 14).
Quando se propaga a idéia de que Satanás intentou ser igual a Deus, o homem deixa de se perguntar: o que é ser semelhante a Deus? É do interesse do inimigo de nossas almas que o homem não descubra o que é ser semelhante ao Altíssimo.
A bíblia demonstra que é impossível a criatura ser igual ao Altíssimo:
“Pois quem no céu se pode igualar ao SENHOR? Quem entre os filhos dos poderosos pode ser semelhante ao SENHOR?” (Salmos 89: 6).
A resposta é direta: ninguém pode igualar-se a Deus. Este versículo por si só demonstra que Satanás não intentou ser igual a Deus, pois é de conhecimento de todas as criaturas de Deus que Ele é inigualável.
Satanás intentou ser semelhante a Deus, e para levar a efeito a sua intenção, tinha em seu coração um plano 'bem' elaborado. Ele pensou que bastava subir ao céu, acima das estrelas de Deus, que alcançaria a semelhança do Criador. Ledo engano! Ele foi precipitado no mais profundo abismo.
“E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaias 14: 13- 14).
Qual não é a surpresa de todas as hostes espirituais quando Deus disse:
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra” (Gênesis 1: 26).
O que Lúcifer intentou alcançar, Deus concedeu de maneira graciosa ao homem. Ele criou Adão a sua imagem e a sua semelhança.
Quando nos perguntamos o que é ser semelhante a Deus, começamos a ver a multiforme sabedoria de Deus que é revelada aos principados e potestades nas regiões celestiais por intermédio da igreja Ef 3: 10!
Sabemos que é impossível a todas as criaturas de Deus serem iguais a Ele em poder e magnificência, porém, Deus estabeleceu que o homem receberia a semelhança d'Ele.
Este plano eterno pareceu frustrado quando da queda da humanidade em Adão, porém, através da pessoa de seu Filho, Jesus, o último Adão, Deus concede a sua semelhança àqueles que nele crêem.
“No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir” (Romanos 5: 14).
Adão era a figura de Cristo (aquele que havia de vir), e Cristo a expressa imagem de Deus. Por meio de Cristo o homem alcança a plenitude de Deus Cl 2: 9- 10, e são alçados a posição de filhos de Deus.
A posição que o homem alcança em Cristo é superior a dos anjos, arcanjos, serafins e querubins, uma vez que será da competência dos salvos julgar os anjos, não importando a categoria que pertençam I Co 6: 3.
Àqueles que estão em Cristo hão de ser semelhantes a Ele, posição mui elevada se comparada à dos anjos I Jo 3: 2.
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (I João 3: 2).

Posição Superior às Estrelas de Deus

E. H. Bancroft deixou registrado o seguinte: “...em resultado de orgulho pela sua própria superioridade, ele procurou desviar para si a adoração devida exclusivamente a Deus” Teologia Elementar, Emery H. Nancroft, Ed EBR, 2001, Pág. 302, II. (grifo nosso). É correto dizer que Satanás quis a adoração devida a Deus?
Satanás quis uma posição acima das estrelas de Deus, e para isso intentou apossar-se da semelhança de Deus. Para levar a efeito o seu plano, ele pretendia assentar-se no monte da congregação, nas extremidades do norte. Ele queria se apossar daquilo para qual foi estabelecido para guardar.
Para ele, estar em uma posição superior a dos seus companheiros bastava subir, ou seja, galgar uma nova posição. Porém, Deus surpreende todas as hostes angelicais ao descer e conceder a sua semelhança aos homens.
Desta maneira, verifica-se que é mentira dizer que Lúcifer intentou ser igual a Deus. O orgulho que subiu ao coração de Satanás fez com que ele não guardasse a sua posição original (principado), e intentasse alcançar uma nova posição, a de semelhante a Deus.
Satanás desejou alcançar uma posição superior, visto que, o orgulho se apossou de seu coração. Por ter sido criado perfeito em todos os seus caminhos, representar a perfeição de Deus (selo da perfeição), cheio de sabedoria, perfeito em formosura e possuir uma indumentária que o distinguia de todos os outros anjos, sentiu-se atraído a alcançar aquilo que foi comissionado a proteger.
Ele se achou grande por causa de sua formosura. Por ter focado o resplendor que possuía a sua sabedoria não o livrou da queda. Ele rejeitou o seu principado (a posição estabelecida por Deus) para tentar lançar mão de uma posição que desconhecia.
O querubim ungido, por causa do orgulho, já não via os outros anjos como sendo companheiros, antes os fitava do topo da sua posição hierárquica. O seu coração elevou-se por causa da sua formosura, e a sabedoria que deveria afastá-lo da soberba, foi corrompida pelo desejo de uma posição maior.

O Propósito Eterno

Os seres angelicais foram criados através do poder e da palavra de Deus: Haja, e eles vieram à existência “Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?” (Jó 38: 7); “Louvem o nome do SENHOR, pois mandou, e logo foram criados” Sl 148: 5.
Os anjos conheciam o poderio e a majestade de Deus, porém, estes desconheciam a sua multiforme sabedoria.
Eles desconheciam o propósito eterno de Deus somente revelado no evangelho de fazer convergir em Cristo todas as coisas “De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Efésios 1 : 10).
Eles desconheciam o propósito eterno de Deus em fazer Cristo o primogênito de toda criação “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Colossenses 1: 15); “E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Colossenses 1: 18); “E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor” Ef 3: 9- 11.
Para levar a efeito o seu propósito eterno, aprouve a Deus criar a terra para ser habitada "Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o SENHOR e não há outro" (Isaías 45: 18).
Na terra Deus criou o Éden, lugar onde o mistério que esteve oculto desde os séculos eternos haveria de ser revelado Ef 3: 9.
Deixou sobre o monte um protetor, o querubim da guarda ungido, investido de autoridade e posição hierárquica superior aos outros seres angelicais.
Porém, ao perceber que havia uma posição superior à posição dos anjos, que é a semelhança do Altíssimo, Satanás desejou para si.
Ele deixou o seu principado, a posição para qual foi estabelecido, e lançou-se na empreitada de se assentar no monte da congregação nas extremidades do norte. O plano decorrente do orgulho parecia factível ao querubim da guarda, que conseguiu enganar e atrair 1/3 da ordem angelical "E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho" (Apocalipse 12: 4).
Porém, aprouve a Deus desde tempos imemoriais, segundo o conselho da sua vontade, dar aos homens a sua imagem e semelhança.

O Primeiro Homem

O homem foi criado em uma posição inferior a dos anjos Sl 8: 4. Porém, em Cristo Jesus, o último Adão, o homem passa a uma posição superior a dos anjos.
O homem foi criado por Deus a partir do barro. Este foi o primeiro homem, criado alma vivente, sendo designado homem natural e terreno. Todos os outros homens são conforme o primeiro homem, naturais e da terra.
Em decorrência da queda de Adão, todos os outros homens nascem debaixo de uma condenação herdada do primeiro homem. Toda a humanidade traz a imagem do terreno.

O Último Homem

O último Adão é Cristo. Ele é espírito vivificante, ou seja, ele concede vida àqueles que foram feitos alma vivente em Adão.
Jesus Cristo homem foi gerado pelo Espírito Eterno, o primogênito de toda criação (primeiro gerado de Deus). Enquanto Adão foi criado, Jesus é o gerado de Deus. Enquanto Adão foi criatura, Jesus é o Filho.
Por meio de Cristo, o último homem (homem espiritual e celestial), todos os homens terrenos que crerem são de novo gerados de uma semente incorruptível, que é a palavra de Deus. Estes são vivificados e passam a ser conforme o último Adão I Co 15: 45- 49.
"Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o SENHOR, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial" I Co 15: 45- 49.

A Posição Cobiçada

Satanás cobiçou a posição de semelhança do Altíssimo, porém, desconhecia que o próprio Deus haveria de despir-se de sua glória, se fazendo carne.
Enquanto o querubim ungido desejava subir aos céus de posse de uma posição maior do que a dos seres celestiais, o Verbo se fez carne, assumiu a condição de servo e habitou entre os homens Fl 2: 6- 11.
Porém, por ter se resignado a assumir a condição de servo, fazendo se igual aos homens, Deus elevou a Cristo soberanamente. Mesmo após assumir a posição 'menor que' os anjos, Jesus se humilhou ainda mais, e foi obediente até a morte, e morte de cruz.
Observe que Cristo na posição de servo não teve por usurpação ser igual a Deus, embora sendo Deus Fl 2: 7. Observe que a condição de sumo sacerdote foi outorgada pelo Pai, ou seja, Ele não lançou mão desta função "Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Hoje te gerei" (Hebreus 5: 5).
Ao ser glorificado pelo Pai com a glória que Ele tinha antes de haver mundo, Jesus adquire nome sobresselente, que é sobre todos os nomes "E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse" (João 17 : 5). Ao retornar a glória, Cristo conduz dentre os homens muitos filhos a Deus "Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação deles" (Hebreus 2: 10).
O propósito eterno cumpre-se quando Cristo retorna à glória trazendo muitos filhos a Deus, visto que, Cristo passa a condição de primogênito entre muitos irmãos e primogênito dentre os mortos.
A imagem e semelhança de Deus passou aos seus filhos, que são gerados da semente incorruptível, que é a palavra de Deus. "E foi assim para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nas regiões celestiais" EF 2: 10.
Satanás intentou alcançar uma posição, porém, desconhecia a multiforme sabedoria de Deus. Desconhecia que a posição elevada acima das estrelas de Deus decorre da filiação divina.
A posição que ele almejou, não é pertinente à criatura, e sim, ao Filho, o último Adão, por meio de quem alcançamos a condição de filhos. Somente àqueles que foram recebidos por filhos é que receberam a posição elevada de serem semelhantes ao Altíssimo I Jo 3: 2; Hb 2: 10- 13; Rm 8: 16- 17.

O Monte da Congregação

"No monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte" Is 14. 13.
Satanás intentou alcançar uma posição superior (serei semelhante ao Altíssimo), para se estabelecer acima das estrelas de Deus. Para isso, ele intentou assentar-se nas extremidades do norte, no monte da congregação de Deus.
O que era o monte da congregação? Ou, o que era o monte santo de Deus? Por que havia a necessidade de um protetor desempenhando a função de guarda?
A glória de Deus estava presente no Éden, no monte da congregação, nas extremidades do norte. Havia o ambiente da congregação, porém, o ajuntamento que se estabelecia no monte santo não pertencia às estrelas de Deus.
Observe que 'os filhos de Deus' apresentavam-se perante o Senhor de tempos em tempos Jó 1: 6; 2: 1, porém, o monte da congregação que estava no Éden lhes era vetado. Deus havia constituído o querubim ungido como protetor, para que os anjos não obtivessem acesso ao mistério presente no monte da congregação.
No monte da congregação estava a glória de Deus, a mesma que o sacerdote Ezequiel em visão viu afastar-se do templo. A glória estava sobre os querubins e retirou-se para a entrada do templo Ez 9:3
e 10: 4; da entrada do templo, a glória deslocou-se para a cidade, e por fim, a glória deslocou-se para o monte das Oliveiras Ez 11: 23.
A mesma glória haverá de retornar ao templo milenial Ez 43: 2- 7. Quando o Senhor sair a peleja, os seus pés estarão sobre o monte das Oliveiras, que será fendido ao meio Zc 14: 4. Observe que a presença de Deus sempre esteve envolta em mistério: "Então disse Salomão: o Senhor declarou que habitaria numa nuvem escura" I Rs 8: 12.
Não sabemos detalhes do que foi tratado no monte santo da congregação, porém, sabemos que ali era o local onde se dava a reunião para tratar do mistério que sempre esteve oculto em Deus, e que tal 'congregação' era estabelecida sem a presença dos anjos, uma vez que o querubim ungido foi estabelecido para impedir a aproximação dos seres celestiais.
Percebe-se que o querubim da guarda ungido, que foi constituído para proteger o mistério, sentiu-se tentado a observar e vislumbrou o que estava para se desenvolver.
A conjectura de Satanás levou-o a queda, uma vez que desejou a semelhança do Altíssimo, para estar em uma posição superior a dos seres celestiais.
Quando Deus criou os céus e a terra, houve a necessidade de estabelecer o querubim da guarda ungido no Éden para impedir o acesso das hostes angelicais ao santo monte. Tempos depois, Deus estabeleceu querubins para impedir o acesso do homem lançado de sua presença, para impedi-los de ter acesso à árvore da vida Gn 3: 24.
Os querubins ao oriente do Jardim do Éden e a espada flamejante protegia o caminho da árvore da vida do homem em pecado. Já o querubim ungido, protegia o monte da congregação do acesso dos seres celestiais, para não ter acesso ao mistério oculto.
Satanás acabou por conjeturar que, se ele assentasse no monte da congregação, lugar de acesso exclusivo a Deus, ele haveria de alcançar uma posição superior a dos seres celestiais (estrelas de Deus). Por não estar em busca da posição do Altíssimo, e sim, de uma posição superior as estrelas de Deus, não viu a violência da sua intenção, ao intentar profanar o santuário do seu Criador Ez 28: 16.
Ele já estava em uma posição privilegiada, a de protetor, e para isso foi investido de poder e autoridade sobre os demais Zc 3: 1- 2; Jd 9.
Porém, o orgulho lhe fez ambicionar lucrar com sua posição de protetor (multiplicação do seu comércio) Ez 28: 16, e foi lançado do Éden profanado, ao querer ter acesso ao lugar da glória de Deus Is 48: 11.

Duas Figuras que Ilustram o Intento do Querubim Ungido
Hamã

"Quando Hamã entrou, perguntou-lhe o rei: O que se fará ao homem a quem o rei se agrada honrar? Ora, Hamã disse consigo mesmo: A quem se agradaria o rei honrar mais do que a mim?" (Et 6: 6).
Hamã, o agagita, havia sido engrandecido acima de todos os príncipes do reino de Assuero (Xerxes). Todos os oficiais do rei se inclinavam quando Hamã passava, conforme o rei ordenará Et 3: 1-3. Porém, Mordecai não se inclinava e nem se prostrava.
Os oficiais protestaram a Mordecai, e este não lhes deu ouvidos. Estes por sua vez fizeram Hamã saber da atitude de Mordecai.
Hamã ao saber do comportamento de Mordecai, propôs ao rei uma maneira de arrecadar 10.000 talentos de pratas, exterminando o povo de Mordecai, a pretexto de não cumprirem as leis do rei Et 3: 9.
O que Hamã propôs ao rei visava tão somente uma satisfação pessoal. Era vaidoso, arrogante e egoísta. Quando o rei propôs honrar Mordecai, Hamã somente conseguiu ver a si mesmo como aquele que merecia as honrarias do rei.
Da mesma forma que Hamã, o querubim da guarda ungido estava cego por causa de sua formosura, e quis para si a honra e posição que Deus agradou dar aos seus filhos: a semelhança do Altíssimo.
Uzias
"Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração até se corromper; e transgrediu contra o SENHOR seu Deus, porque entrou no templo do SENHOR para queimar incenso no altar do incenso" II Cr 26: 16.
O rei Uzias foi um dos reis de Judá e fez o que era reto aos olhos do Senhor II Cr 26: 4.
Porém, após ter fortificado o seu reino com guerreiros, máquinas, lanças e flechas, o coração dele se corrompeu. Ele foi infiel ao intentar oferecer incenso sobre o altar do incenso no templo do Senhor II Cr 26: 16.
Observe que ele foi impedido pelos sacerdotes, descrito como sendo homens corajosos. Estes resistiram a Uzias, e disseram: "A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o Senhor, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para queimar incenso" II Cr 26: 18.
Os sacerdotes determinaram que Uzias saísse do templo, por ter sido infiel. O alerta e completo: "nem será isto para ti honra tua da parte do Senhor Deus". Cristo tornou-se sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, por Deus outorgar esta honra Hb 5: 5. Uzias intentou oferecer incenso, honra dada aos filhos de Arão, o que o tornou infiel.
A cegueira chegou ao ponto dele indignar-se com os sacerdotes, que estavam a alertar acerca do seu erro. Em seguida, a lepra brotou-lhe na testa. Os sacerdotes apressaram a retirada dele do templo, e ele mesmo apressou em sair, quando percebeu que Deus havia lhe ferido II Cr 26: 20.
Da mesma forma, ao querer assentar-se no monte santo para tomar uma posição que não lhe foi dada, Satanás tornou-se profano. Ele não profanou o lugar da glória de Deus, visto que, ao se achar a iniqüidade nele, Deus lançou-o profanado do monte de Deus e destituído do seu principado Ez 28: 16.
fonte:

domingo, 21 de junho de 2009

“A minúscula semente de mostarda que se transformou numa grande árvore”

Ruth Doris Lemos

Sentado a sua mesa de trabalho num domingo em outubro de 1780 o dedicado jornalista, Robert Raikes procurava concentrar-se sobre o editorial que escrevia para o jornal de Gloucester, de propriedade de seu pai. Foi difícil para ele fixar a sua atenção sobre o que estava escrevendo pois os gritos e palavrões das crianças que brincavam na rua, debaixo da sua janela, interrompiam constantemente os seus pensamentos. Quando as brigas tornaram-se acaloradas e as ameaças agressivas, Raikes julgou ser necessário ir à janela e protestar do comportamento das crianças. Todos se acalmaram por poucos minutos, mas logo voltaram às suas brigas e gritos.
Robert Raikes contemplou o quadro em sua frente; enquanto escrevia mais um editorial pedindo reforma no sistema carcerário. Ele conclamava as autoridades sobre a necessidade de recuperar os encarcerados, reabilitando-os através de estudo, cursos, aulas e algo útil enquanto cumpriam suas penas, para que ao saírem da prisão pudessem achar empregos honestos e tornarem-se cidadãos de valor na comunidade. Levantando seus olhos por um momento, começou a pensar sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados sem qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente daquele dos seus pais. Se continuassem dessa maneira, muitos certamente entrariam no caminho do vício, da violência e do crime.
A cidade de Gloucester, no Centro-Oeste da Inglaterra, era um polo industrial com grandes fábricas de têxteis. Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fábricas ao lado dos seus pais, de sol a sol, seis dias por semana. Enquanto os pais descansavam no domingo, do trabalho árduo da semana, as crianças ficavam abandonadas nas ruas buscando seus próprios interesses. Tomavam conta das ruas e praças, brincando, brigando, perturbando o silêncio do sagrado domingo com seu barulho. Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficaram sem estudar; trabalhando todos os dias nas fábricas, menos aos domingos.
Raikes sentiu-se atribulado no seu espírito ao ver tantas crianças desafortunadas crescendo desta maneira; sem dúvida, ao atingir a maioridade, muitas delas cairiam no mundo do crime. O que ele poderia fazer?
Por um futuro melhor Sentado a sua mesa, e meditando sobre esta situação, um plano nasceu na sua mente. Ele resolveu fazer algo para as crianças pobres, que pudesse mudar seu
viver, e garantir-lhes um futuro melhor! Pondo ao lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais sentia-se empolgado com seu plano de ajudar as crianças. Ele resolveu neste primeiro editorial somente chamar atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo ele apresentaria uma solução que estava tomando forma na sua mente.
Quando leram seu editorial, houve alguns que sentiram pena das crianças, outros que acharam que o jornal deveria se preocupar com assuntos mais importantes do que crianças, sobretudo, filhos dos operários pobres! Mas Robert Raikes tinha um sonho, e este estava enchendo seu coração e seus pensamentos cada vez mais! No próximo editorial, expôs seu plano de começar aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática, e religião para as crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um apelo através do jornal, para mulheres com preparo intelectual e dispostas a ajudar-lhes neste projeto, dando aulas nos seus lares. Dias depois um sacerdote anglicano indicou professoras da sua paróquia para o trabalho.
O entusiasmo das crianças era comovente e contagiante. Algumas não aceitaram trocar a sua liberdade de domingo, por ficar sentadas na sala de aula, mas eventualmente todos estavam aprendendo a ler, escrever e fazer as somas de aritmética. As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, e educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã.
Robert Raikes, este grande homem de visão humanitária, não somente fazia campanhas através de seu jornal para angariar doações de material escolar, mas também agasalhos, roupas, sapatos para as crianças pobres, bem como mantimentos para preparar-lhes um bom almoço aos domingos. Ele foi visto freqüentemente acompanhado de seu fiel servo, andando sob a neve, com sua lanterna nas noites frias de inverno. Raikes fazia isto nos redutos mais pobres da cidade para levar agasalho e alimento para crianças de rua que morreriam de frio se ninguém cuidasse delas; conduzindo-as para sua casa, até encontrar um lar para elas.
As crianças se reuniam nas praças, ruas e em casas particulares. Robert Raikes pagava um pequeno salário às professoras que necessitavam, outras pagavam suas despesas do seu próprio bolso. Havia, também, algumas pessoas altruistas da cidade, que contribuíam oara este nobre esforço.
Movimento mundialNo começo Raikes encontrou resistência ao seu trabalho, entre aqueles que ele menos esperava – os líderes das igrejas. Achavam que ele estava profanando o domingo sagrado, e profanando as suas igrejas com as crianças ainda não comportadas. Havia nestas aturas, algumas igrejas que estavam abrindo as suas portas para classes bíblicas dominicais, vendo o efeito salutar que estas tinham sobre as crianças e jovens da cidade. Grandes homens da igreja, tais como João Wesley, o fundador do metodismo, logo ingressaram entusiasticamente na obra de Raikes, julgando-a ser um dos trabalhos mais eficientes para o ensino da Bíblia.
As classes bíblicas começaram a se propagar rapidamente por cidades vizinhas e, finalmente, para todo o país. Quatro anos após a fundação, a Escola Dominical já tinha mais de 250 mil alunos, e quando Robert Raikes faleceu em 1811, já havia na Escola Dominical 400 mil alunos matriculados.
A primeira Associação da Escola Dominical foi fundada na Inglaterra em 1785, e no mesmo ano, a União das Escolas Dominicais foi fundada nos Estados Unidos. Embora o trabalho tivesse começado em 1780, a organização da Escola Dominical em caráter permanente, data de 1782. No dia 3 de novembro de 1783 é celebrada a data de fundação da Escola Dominical. Entre as igrejas protestantes, a Metodista se destaca como a pioneira da obra de educação religiosa. Em grande parte, esta visão se deve ao seu dinâmico fundador João Wesley, que viu o potencial espiritual da Escola Dominical, e logo a incorporou ao grande movimento sob sua liderança.
A Escola Bíblica Dominical surgiu no Brasil em 1855, em Petrópolis (RJ). O jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sarah Kalley, chegou ao Brasil naquele ano, e logo instalou uma escola para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela região. A primeira aula foi realizada no domingo, 19 de agosto de 1855. Somente cinco participaram, mas Sarah, contente com “pequenos começos” contou a história de Jonas, mais com gestos, do que palavras, porque estava só começando a aprender o português. Mas, ela viu tantas crianças pelas ruas, e seu coração almejava ganhá-las para
Jesus. A semente do Evangelho foi plantada em solo fértil.
Com o passar do tempo aumentou tanto o número de pessoas estudando a Bíblia, que o missionário Kalley iniciou aulas para jovens e adultos. Vendo o crescimento, os Kalleys resolveram mudar para o Rio de Janeiro, para dar uma continuidade melhor ao trabalho e aumentar o alcance do mesmo. Este humilde começo de aulas bíblicas dominicais deu início à Igreja Evangélica Congregacional no Brasil.
No mundo, há muitas coisas que pessoas sinceras e humanitárias fazem, sem pensar ou imaginar a extensão de influência que seus atos podem ter. Certamente, Robert Raikes nunca imaginou que as simples aulas que ele começou entre crianças pobres, analfabetas da sua cidade, no interior da Inglaterra, iriam crescer para ser um grande movimento mundial. Hoje, a Escola Dominical conta com mais de 60 milhões de alunos matriculados, em mais de 500 mil igrejas protestantes no mundo. É a minúscula semente de mostarda plantada e regada, que cresceu para ser uma grande árvore cujos galhos estendem-se ao redor do globo.
Ruth Dorris Lemos é missionária norte-americana em atividade no Brasil, jornalista, professora de Teologia e uma das fundadoras do Instituto Bíblico da Assembléia de Deus (IBAD), em Pindamonhangaba (SP)
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FotosCrédito: Igreja Evangélica FluminenseLegenda: Os missionários Robert e Sarah Kalley, instrumentos usados por Deus para fundar a Escola Dominical no Brasil
Crédito: Gernheim/Igreja Evangélica FluminenseLegenda: Residência do casal Kalley, em Petrópolis, onde funcionou a primeira aula de Escola Dominical.
Fonte:
CPAD