domingo, 21 de junho de 2009

Lição 11 - A Ressurreição de Cristo

Leitura Bíblica em Classe
1 Coríntios 15.1-10

Introdução:

I. A Doutrina da Ressurreição
II. A Profecia da Ressurreição
III. O Fato da Ressurreição de Cristo
IV.As Testemunhas da Ressurreição de Cristo


Conclusão:

Palavras-chave: Ressurreição


Introdução

Caro professor, muitos ainda hoje têm negado a realidade da ressurreição de Cristo. Quem nega a ressurreição corpórea de Cristo, contraria a fé Cristã. Porque se Cristo ressuscitasse, não haveria perdão, nem livramento do pecado. A humanidade estaria irremediavelmente perdida. É importante que seus alunos estejam conscientes a respeito da imprescindibilidade dessa doutrina. Enfatize que Cristo foi feito as primícias dos que dormem, e os que morreram nEle, em sua vinda ressuscitarão à semelhança de sua ressurreição.

I. A Doutrina da Ressurreição

Professor, dê inicio a este tópico fazendo a seguinte pergunta: “Qual a razão pela qual Paulo ensina a doutrina da ressurreição aos coríntios?”

R: Muitos na igreja de Corinto diziam não haver ressurreição. Negavam até a ressurreição do próprio Cristo.
O capítulo 14 da Primeira Epístola aos Coríntios é uma exposição detalhada sobre a doutrina da ressurreição dos mortos. Paulo começa tratando da ressurreição de Jesus. Muitos na igreja de Corinto diziam não haver ressurreição (15.12). Negavam até a ressurreição do próprio Cristo. Eram influenciados pelas idéias racionalistas dos filósofos gregos. Por isso Paulo apresenta aos irmãos de Corinto as provas indestrutíveis de Jesus.

A ressurreição de Jesus é um fato incontestável (At 1.3). Porém muitos não criam na ressurreição, dentre estes destacamos os saduceus e gregos:

a) Os saduceus. Os saduceus eram os intelectuais da época de Cristo. Na sua maioria eram sacerdotes e membros do sinédrio – o supremo tribunal judaico (At 5.17). Eles rejeitavam o Antigo Testamento. Só aceitavam o Pentateuco — a Lei de Moisés. Os três Evangelhos sinóticos afirmam que eles não criam na ressurreição (Mt 22.23; Mc 12.18; Lc 20.27) e na existência de anjos (At 23.8). Diziam que a crença da ressurreição dos mortos não podia ser confirmada nos escritos de Moisés. O historiador Flávio Josefo declara que a crença deles era de que a alma morria com o corpo. Eles opunham-se aos fariseus, que criam nessas coisas.

b) Os gregos. Não eram só os saduceus que negavam a ressurreição dos mortos, os gregos também procediam da mesma forma (At 17.32; 1 Co 15.12). Na atualidade, os céticos, os materialistas e até grupos religiosos também negam a doutrina bíblica da ressurreição.

II. O fato da ressurreição de Cristo

1. “Segundo as Escrituras” (v. 4). A ressurreição de Jesus fazia parte do plano divino da redenção. As evidências da ressurreição do Mestre já se encontravam nas “Escrituras” desde o Antigo Testamento (Sl 16.8-10; Os 6.2). O primeiro argumento para fundamentar a doutrina do Cristo ressuscitado tem sua base na Palavra de Deus. Depois temos as provas factuais, pois a ressurreição de Jesus é um fato incontestável. A Bíblia afirma que Jesus “... se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias” (At 1.3). A expressão “infalíveis provas”, no original grego tekmērion, só aparece aqui, em todo o Novo Testamento, e distingue-se do vocábulo “testemunho” e outros termos similares. É uma palavra técnica para “prova incontestável”, pois se refere à prova baseada em fatos que por si só suscitam credibilidade.

Essas provas infalíveis e incontestáveis jamais puderam ser refutadas. As autoridades religiosas de Jerusalém lutaram muito para neutralizá-las, mas não conseguiram (Mt 28.11-15).

2. Evidências das testemunhas pessoais (v. 5). Paulo afirmou que Jesus se apresentou vivo a Pedro (Lc 24.34), depois aos demais apóstolos durante 40 dias (At 1.3). Eles pagaram um preço muito alto pelo que viram e testemunharam. Foram perseguidos, presos, torturados e mortos porque afirmaram que Jesus estava vivo (At 12.1-3). Isso está também registrado na história, e não apenas no Novo Testamento. Quem estaria disposto a morrer por uma mentira tendo convicção dela? Talvez algum insensato, mas não tanta gente.

3. Quinhentas testemunhas (v. 6). Paulo afirma que caso os coríntios duvidassem de Pedro e dos outros apóstolos, eles poderiam considerar um grupo maior, pois foi visto, certa vez, por mais de quinhentos irmãos. É interessante ressaltar que o apóstolo escreveu essa Epístola aos Coríntios cerca de 30 anos depois de o fato ter acontecido, e afirma que muitos desse grupo de testemunhas ainda estavam vivos. Em outras palavras, estava colocando as provas à disposição de qualquer interessado.

4. Foi visto até pelos que não criam. Paulo menciona o fato de Tiago — irmão do Senhor, que durante a vida de Jesus na Terra não cria nEle — ter sido uma testemunha da ressurreição (Mc 6.3; Jo 7.5). Aparentemente, a ressurreição de Jesus o havia convencido da verdade a respeito de Cristo, pois ele estava entre o grupo que compareceu ao cenáculo depois da ascensão (At 1.13). Paulo, o maior perseguidor da fé cristã — “persegui este Caminho até à morte, prendendo e metendo em prisões, tanto homens como mulheres” (At 22.4) — também teve um encontro com o Cristo ressurreto. Ele mesmo conta como foi esse encontro (At 22.5-8). Jesus provou a Paulo que Ele estava vivo. Com isso, tornou-se o maior defensor dessa doutrina. Trata-se, pois, de um doutor da lei, líder da religião dos judeus e perseguidor dos cristãos que se converteu a Jesus.

• Professor, é importante que você enfatize o fato de que a ressurreição de Cristo significa a sua glorificação e exaltação; a vitória esmagadora sobre Satanás, o pecado, a morte e o inferno. Observe o texto abaixo:

A ressurreição de Cristo não consiste apenas no fato de Ele tornar a viver, pois, se assim fosse, não haveria diferença das ressurreições registradas no Antigo Testamento, nem Jesus poderia ser considerado “as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20); nem o “primogênito dentre os mortos” (Cl 1.18). Essa ressurreição significa a glorificação e exaltação de Jesus (Rm 6.4; Fp 3.20,21; Jo 7.39); a vitória esmagadora sobre Satanás, o pecado, a morte e o inferno (1 Co 15.54-56; Ap 1.17,18). É a viga mestra e o pilar do cristianismo. Cristo foi o primeiro a ressuscitar dos mortos e jamais morrerá novamente (1 Co 15.20). Ele é o nosso precursor, a garantia de que no final ressuscitaremos para a vida eterna. Jesus determinou que sua morte e ressurreição fossem o centro da pregação do evangelho (Lc 24.44-47).

Conclusão

A morte expiatória de Jesus foi uma realidade divina que mostra que o homem pode encontrar o perdão dos seus pecados, e assim ter paz com Deus (Rm 4.25). A ressurreição de Jesus prova que a sua morte expiatória foi aceita pelo Pai. Ele ressuscitou e os que já dormem no Senhor, quando do arrebatamento da Igreja, também ressuscitará para a vida eterna juntamente com Ele.

Extraído Lições Bíblicas 1 º Trimestre de 2008. Comentarista Esequias Soares, CPAD.

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